sábado, fevereiro 19, 2005

"Tulúm"


(Fotos:CSal, Tulum-México - 2003)

Si este silencio hablara
sus palabras se harían de piedra
Si esta piedra tuviera movimiento
sería mar
Si estas olas no fueran prisioneras
serían piedras
en el observatorio
Serían hojas
convertidas en llamas circulares
De algún sol en tinieblas
baja la luz que enciende
a este fragmento de un planeta muerto
Aquí todo lo vivo es extranjero
y toda reverencia profanación
y sacrilegio todo comentario
Porque el aire es sagrado como la muerte
como el dios
que los muertos veneran en esta ausencia
Y la hierba se prende y prevalece
sobre la piedra estéril comida por el sol
--centro del tiempo padre de los tiempos
fuego en el que ofrendamos nuestro tiempo
Tulúm está de cara al sol
Es el sol
en otro ordenamiento planetario
Es núcleo
de otro universo que fundó la piedra
Y circula su sombra por el mar
La sombra que va y vuelve
hasta mudarse en piedra

José Emilio Pacheco

Mao amiga - Podemos fazer a diferença


http://www.makepovertyhistory.com/

Um menino que apanhava estrelas

Era uma vez um escritor que morava numa praia tranquila, junto de uma colônia de pescadores. Todas as manhas ele caminhava a beira do mar para se inspirar, e a tarde ficava em casa escrevendo.
Certo dia, caminhando na praia, ele viu um vulto que parecia dançar. Ao chegar perto, ele reparou que se tratava de um jovem que recolhia estrelas-do-mar da areia para, uma por uma, jogá-las novamente de volta ao oceano.
"Por que está a fazer isso?" - perguntou curioso o escritor.
"O amigo nao ve! - explicou o jovem - A maré está baixa e o sol está forte. Elas irao secar e morrer se ficarem aqui na areia."
O escritor espantou-se:
"Meu jovem, existem milhares de quilômetros de praias por este mundo afora, e centenas de milhares de estrelas-do-mar espalhadas pela praia. Que diferença faz? Voce pôe umas poucas ao oceano. A maioria vai morrer de qualquer forma".
O jovem pegou mais uma estrela na praia, colocou de volta no oceano, e olhou para o escritor.
"Para esta eu fiz a diferença...".
Naquela tarde o escritor nao conseguiu escrever, nem sequer descançar.
Pela manha do dia seguinte, voltou a praia, encontrou o jovem e juntos, começaram a jogar estrelas-do-mar de volta ao oceano.

terça-feira, fevereiro 15, 2005

Longe daqui



(Foto: CSal, Tulum-México - 2003)

Mar Português


(Foto:CSal - Açores 2001)

(Fernando Pessoa)

Ó mar salgado, quanto do teu sal
Sao lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas maes choraram,
Quantos filhos em vao rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!

mergulhouro


(Foto: CSal no Creoula - Mediterraneo - 2004)

Saudades


(Foto: CSal, Saudades de marinheiros no Creoula - 2004)
saudade
"falta inexplicável, uma nostalgia indescritível e enigmática da alma”
"yearning or longing"

(Nick Cave)

segunda-feira, fevereiro 14, 2005

Ligada a ti

Into My Arms

(NICK CAVE)


I don’t believe in an interventionist God
But I know, darling, that you do
But I did I would kneel down and ask Him
Not to intervene when it came to you
Not to touch a hair on your head
To leave as you are
And if He felt He had to direct you
Then direct you into my arms

Into my arms, O Lord
Into my arms, O Lord
Into my arms, O Lord
Into my arms

And I don’t believe in the existence of angels
But looking at you I wonder if that’s true
But If I did would summon them together
And ask them to watch over you
To each burn a candle for you
To make bright and clear your path
And to walk, like Christ, in grace and love
And guide you into my arms

Into my arms, O Lord...

But I believe in Love
And I know that you do too
And I believe in some kind of path
That we can walk down, me and you
So keep your candles burning
And make her journey bright and pure
That she will keep returning
Always and evermore

Into my arms, O Lord....

(Foto: CSal, Creoula - 2004)

domingo, fevereiro 13, 2005

Sorriso


Um alento para quem o entende.
Não se compra, não se vende.
Só tem valor quando o damos livremente
Não se rouba, nem se empresta
Tem que brotar naturalmente
Como refrescante água d’uma nascente.

( para começar, ....nada melhor que um sorriso... o melhor sorriso do mundo)

(Foto: CSal - António, 2005)