domingo, março 12, 2006

Douro

Miguel Torga chamou o Douro de Poema geológico

A Terra
(Miguel Torga)
....
Terra, minha aliada
Na criação!
Seja fecunda a vessada,
Seja à tona do chão,
Nada fecundas, nada,
Que eu não fermente também de inspiração!

E por isso te rasgo de magia
E te lanço nos braços a colheita
Que hás de parir depois...
Poesia desfeita,
Fruto maduro de nós dois.

Terra, minha mulher!
Um amor é o aceno,
Outro a quentura que se quer
Dentro dum corpo nu, moreno!
....
(Foto: CSal, 2006 Junto à foz do Tua)

1 Comments:

Blogger Simbelmune said...

sigo a espera de me diluir nessas fotos tuas... que abrem outro mundo no qual apetece mesmo entrar, estar, ficar...

março 22, 2006 8:29 da tarde  

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